O cantinho da Cinderela

O cantinho encantado da bloggosfera.

domingo, abril 08, 2012

Por vezes o silêncio vale mais que mil palavras...

Precisava de estar sozinha… tinha demasiadas coisas em que pensar e muito poucas soluções…
Decidiu ir para o único lugar onde se sentia em paz… onde conseguia esquecer o resto do Mundo.
Sentou-se na areia e ficou a olhar o Sol a tocar no horizonte.
Porque é que as coisas não podiam ser simples de resolver?! Porque não podia optar por um caminho sem ficar a pensar e se tivesse optado por outro? Porque não podia seguir em frente sem pensar nas consequências das suas escolhas? Porque não podia ser amada da mesma maneira que amava?
Toda aquela tanquilidade não lhe trazia respostas… ela bem o sabia… mas, pelo menos, ajudava-a a relaxar… a não se sentir tão presa… tão confusa…
Pouco depois, sentiu alguém aproximar-se.
”-Que fazes aqui? Não estou para conversas! Quero estar sozinha!”
Ele olhou para ela, sorriu e sentou-se a seu lado.
”-Mas… ‘tás-te a passar? Não ouviste o… bah… esquece! Se queres ficar, fica! Não quero saber!”
E ali ficaram… os dois… sentados na areia… em silêncio… a ver o pôr-do-sol…

Algum tempo depois, levantaram-se e dirigiram-se ao parque de estacionamento.
Ela abraçou-o, deu-lhe um leve beijo nos lábios e, disse:
“-Obrigada.”
Ele limitou-se a olhar para ela.
E sorriu, ao vê-la afastar-se. Não por se ir embora… não por aquele momento que passaram juntos…
Mas porque sabia que, mesmo sem ter proferido uma única palavra, ela tinha percebido aquilo que ele lhe queria dizer…

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terça-feira, fevereiro 14, 2012

Conversas à Beira-Mar

(Atenção! O próximo texto pode ferir susceptibilidades.)

Sentados numa esplanada, dizes-me palavras doces ao ouvido…
“-Pára! Não comeces com as tuas coisas!” – digo-te, meio a rir…”- anda… vamos dar uma caminhada pelo areal… a ver se refrescas!”
Levantas-te e caminhas comigo pelo imenso areal. E estava maravilhoso… Sem ninguém à vista, tínhamos a praia toda por nossa conta.
Puxas-me e pões o braço por cima dos meus ombros… passo o meu por trás das tuas costas e caminhamos assim… abraçados…
Páras. Pergunto-te o que foi. Puxas-me para ti e dizes “-Tens alguma manta no carro? Não há por aqui ninguém… e… não sei se aguento até casa…”
A vontade era dizer-te que não… que não era o sítio indicado… mas… sorriu… dou-te um longo beijo e aceno com a cabeça que sim.
Em passo meio acelerado, vamos ao carro buscar uma manta que lá tinha.
Depois de escolheres o sítio perfeito e te certificares que não iriam haver olhares indiscretos, ajoelhas-te na manta e puxas-me, forçando-me a ajoelhar também.
Agarras-me e trocamos beijos ardentes. Surge-nos o medo de sermos apanhados mas… o desejo que sentimos fala mais alto.
Sentas-te… e eu sento-me no teu colo. Voltas a devorar-me os lábios… quase nem me deixas respirar…
Suavemente, tiras-me a camisola… e sorris, deliciado com a visão dos meus seios. Sabes que, dentro em pouco, irás prová-los…
Beijas-me o pescoço… e desces… e vais beijando…
Sinto a tua boca quente a percorrer cada milímetro… sinto-me a enlouquecer… e sinto-te aumentar de desejo…
Livres de empecilhos, sento-me em ti e deixo que entres em mim, num sobe e desce de desejo e paixão.
Abraço-te com força. “-Tás bem?”- perguntas-me baixinho ao ouvido. Aceno com a cabeça que sim… não tenho forças para mais… levas-me à loucura… fazes-me gemer…
Pouco depois, naquele cenário edílico, com o pôr-do-sol como pano de fundo e o som das ondas como banda sonora, atinjo o limite… tu também… mas parece que te falta algo.
Sorriu… e digo-te “-Anda… eu vou tratar de ti… mas em casa… em casa acabamos isto…”

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