A cadeira de baloiço
(Visto que a história que aqui vos deixei no dia de Halloween fez sucesso, deixo-vos outra que espero que tenha a mesma sorte.)
Um casal de namorados vinha de regresso das suas férias na montanha. Mas eis que, depois de vários quilómetros percorridos, o impensável acontece. O carro onde seguiam, pura e simplesmente, pára. O rapaz dá à chave, mas o veículo nem dá sinais de vida. Ele sai do carro e resolve ir ver se conseguia fazer alguma coisa, mas a escuridão da noite não deixou.
"-E agora?"-perguntou ela-"Como é que vamos sair daqui? A vila mais próxima ainda fica a uns bons quilómetros."
"-Temos de chamar um reboque. Só assim conseguiremos chegar a uma oficina."-respondeu ele.
Começando a ficar apavorada com a possibilidade de pernoitar ali, ela respondeu:
"Tás doido?! E onde é que vais arranjar um reboque a estas horas?! Deves pensar que as pessoas aqui não dormem!"
Ele abanou a cabeça, como que a dar-lhe razão, e começou a andar em volta do carro, pensando numa maneira de resolver a situação.
Completamente rendido às evidências, ergueu a cabeça e reparou numa fraca luz que se avistava ao fundo de um caminho de terra batida que se encontrava um pouco mais à frente do sítio onde estavam.
"-Podia pedir dormida ali e amanhã, então, chamaria um reboque."-pensou.
Fecharam o carro e dirigiram-se à dita casa. Ao chegarem lá, repararam que se tratava de uma casa modesta e que tinha uma cadeira de baloiço no alpendre. Bateram à porta.
Do lado de dentro ouviram um ladrar forte e uma voz suave a mandar sossegar o animal. A porta abriu-se. E apareceu-lhes uma senhora de idade bem avançada (aí uns 70, 80 anos) que lhes perguntou o que queriam.
"-Minha senhora, desculpe, mas será que nos poderia arranjar dormida para esta noite? É que tivemos uma avaria no carro e... sabe como é... já é tarde..."- disse o rapaz.
Sem sequer o deixar acabar, a dita senhora pôs um lindo sorriso e disse-lhes que sim e que, se quisessem até podiam tomar o pequeno-almoço lá. O casal entrou, acomodou-se e comentou, entre eles, o estranho facto de a velhota se ter ido deitar de lenço ao pescoço. Dormiram.
A primeira a acordar foi a rapariga e, quando se dirigia para a casa-de-banho, passou pela cozinha e reparou que a senhora já lá se encontrava a tratar do pequeno-almoço. Mas o que a aterrorizou mais foi ter reparado que esta tinha duas marcas de cada lado do pescoço, facto que não tinha visto antes devido ao lenço. Contou ao namorado e foram comer, tentando parecer calmos. Findo o repasto, o rapaz foi ao alpendre e chamou um reboque.
Perguntaram à velhota quanto era a despesa, mas ela apenas lhes disse que, só pelo facto de lhe terem feito companhia, podiam considerar a dívida paga. Arrumaram as coisas e dirigiram-se para junto da viatura. Pouco tempo depois apareceu o reboque que os haveria de levar à oficina mais próxima. Lá chegados, o rapaz comentou com o mecânico que, se não tivesse sido a tal senhora idosa, teriam passado a noite dentro do carro. O mecânico ergueu-se e ficou petrificado. Ainda meio pálido explicou-lhe que tal era impossível, uma vez que aquela casa tinha sido deixada ao abandono desde de que a sua moradora havera sido assassinada por asfixia pelo seu próprio cão. O rapaz nem queria acreditar. Já com o veículo arranjado e, novamente de regresso, quiseram voltar à tal casa e ver com os seus próprios olhos se era verdade. Ao lá chegarem gelou-se-lhes o sangue. Da casa, a única coisa que restava era a cadeira de baloiço que estava no alpendre. Tudo o resto tinha ruído.
Um casal de namorados vinha de regresso das suas férias na montanha. Mas eis que, depois de vários quilómetros percorridos, o impensável acontece. O carro onde seguiam, pura e simplesmente, pára. O rapaz dá à chave, mas o veículo nem dá sinais de vida. Ele sai do carro e resolve ir ver se conseguia fazer alguma coisa, mas a escuridão da noite não deixou.
"-E agora?"-perguntou ela-"Como é que vamos sair daqui? A vila mais próxima ainda fica a uns bons quilómetros."
"-Temos de chamar um reboque. Só assim conseguiremos chegar a uma oficina."-respondeu ele.
Começando a ficar apavorada com a possibilidade de pernoitar ali, ela respondeu:
"Tás doido?! E onde é que vais arranjar um reboque a estas horas?! Deves pensar que as pessoas aqui não dormem!"
Ele abanou a cabeça, como que a dar-lhe razão, e começou a andar em volta do carro, pensando numa maneira de resolver a situação.
Completamente rendido às evidências, ergueu a cabeça e reparou numa fraca luz que se avistava ao fundo de um caminho de terra batida que se encontrava um pouco mais à frente do sítio onde estavam.
"-Podia pedir dormida ali e amanhã, então, chamaria um reboque."-pensou.
Fecharam o carro e dirigiram-se à dita casa. Ao chegarem lá, repararam que se tratava de uma casa modesta e que tinha uma cadeira de baloiço no alpendre. Bateram à porta.
Do lado de dentro ouviram um ladrar forte e uma voz suave a mandar sossegar o animal. A porta abriu-se. E apareceu-lhes uma senhora de idade bem avançada (aí uns 70, 80 anos) que lhes perguntou o que queriam.
"-Minha senhora, desculpe, mas será que nos poderia arranjar dormida para esta noite? É que tivemos uma avaria no carro e... sabe como é... já é tarde..."- disse o rapaz.
Sem sequer o deixar acabar, a dita senhora pôs um lindo sorriso e disse-lhes que sim e que, se quisessem até podiam tomar o pequeno-almoço lá. O casal entrou, acomodou-se e comentou, entre eles, o estranho facto de a velhota se ter ido deitar de lenço ao pescoço. Dormiram.
A primeira a acordar foi a rapariga e, quando se dirigia para a casa-de-banho, passou pela cozinha e reparou que a senhora já lá se encontrava a tratar do pequeno-almoço. Mas o que a aterrorizou mais foi ter reparado que esta tinha duas marcas de cada lado do pescoço, facto que não tinha visto antes devido ao lenço. Contou ao namorado e foram comer, tentando parecer calmos. Findo o repasto, o rapaz foi ao alpendre e chamou um reboque.
Perguntaram à velhota quanto era a despesa, mas ela apenas lhes disse que, só pelo facto de lhe terem feito companhia, podiam considerar a dívida paga. Arrumaram as coisas e dirigiram-se para junto da viatura. Pouco tempo depois apareceu o reboque que os haveria de levar à oficina mais próxima. Lá chegados, o rapaz comentou com o mecânico que, se não tivesse sido a tal senhora idosa, teriam passado a noite dentro do carro. O mecânico ergueu-se e ficou petrificado. Ainda meio pálido explicou-lhe que tal era impossível, uma vez que aquela casa tinha sido deixada ao abandono desde de que a sua moradora havera sido assassinada por asfixia pelo seu próprio cão. O rapaz nem queria acreditar. Já com o veículo arranjado e, novamente de regresso, quiseram voltar à tal casa e ver com os seus próprios olhos se era verdade. Ao lá chegarem gelou-se-lhes o sangue. Da casa, a única coisa que restava era a cadeira de baloiço que estava no alpendre. Tudo o resto tinha ruído.
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