Silêncio
Hoje vou remeter-me ao silêncio e deixar que um poema dos meus diga tudo.
“A Rosa”
Ao passar pelo jardim,
reparei numa rosa.
Não sei como,
nem porquê,
mas houve
um não sei o quê
que me despertou a atenção.
Teria sido o vermelho vivo
das suas pétalas?
Ou teriam sido
os poucos espinhos
que lhe encontrei?
Não sei.
Colhi-a.
Senti o seu cheiro.
Senti o veludo das suas pétalas.
Voltei a cheirá-la,
mas não senti o mesmo cheiro
de à pouco.
Desta vez era mais intenso,
mais sensual.
E, nesse momento,
a tua imagem
apareceu no meu pensamento.
Os teus olhos…
Verdes como as folhas da rosa…
Os teus lábios…
Macios como o veludo
das suas pétalas…
A única diferença
eram os espinhos.
Os poucos que tinha
encontrado na rosa,
não os encontrava em ti.
Beijei a rosa.
Dei-lhe um beijo suave,
como se o tivesse a dar a ti.
Ao chegar a casa,
guardei a rosa.
Sequei-a.
Queria mantê-la para sempre.
Da mesmo maneira
que te quero manter a ti.
Comigo…
Para sempre…
1 Comments:
At 22/11/04 13:55, Cinderela said…
brigada. eu ja colokei alguns poemas meus na net num site dedicado à poesia. eu depois mando-t o link. vai dando noticias. jokas.
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