Sentimento oculto
A noite estava fria. Tal como qualquer outra noite de Inverno. Deitada no sofá, percorri todos os canais da televisão, na esperança de encontrar algo de interessante para ver enquanto o sono não chegava. E que tortura me estava a causar...! O sono teimava em não aparecer, na televisão não passava nada de jeito e o corpo começava a ficar dorido de tantas voltas.
Fui-me deitar. Podia ser que adormecesse. De repente, senti um arrepio de frio, mas de pouca duração. Senti o teu braço envolver-me e chegar-me para junto de ti, de modo a nos aquecermos os dois. Estávamos tão juntos que pude sentir as batidas do teu coração a acelerarem. Não eras o único. Também as minhas começavam a aumentar de intensidade. Voltei-me, e vi que estavas acordado. Olhei-te nos olhos, sorri-te e dei-te o melhor beijo que alguma vez tinhamos dado. Quando abri os olhos, reparei que estava sozinha. Tinha adormecido e tudo não tinha passado de um sonho.
Dias passaram. Quando te voltei a ver, algo de estranho se passou. Os nossos olhares estavam diferentes e havia qualquer coisa que nos afectava aos dois. Dirigi-me a ti e perguntei-te o que se passava. Disseste-me que não sabias, mas que, de repente, te tinhas lembrado de um sonho que haveras tido à pouco tempo. Tinhas sonhado comigo. Ainda um pouco incrédula, contei-te que também tinha sonhado contigo, e na mesma noite. Olhámo-nos nos olhos e, então, percebemos. O que andavamos a evitar na realidade tinha acontecido nos nossos sonhos. Tínhamo-nos encontrado e aberto o coração um do outro, dando asas ao amor que ambos sentíamos.
Não quis acreditar e fugi. Precisava de estar sozinha, de pensar no que se estava a passar e perceber, realmente, o que sentia. Sentei-me numa rocha à beira-mar e fiquei a ver o pôr-do-sol, tentando encontrar a paz interior de que tanto precisava. Pressenti alguém aproximar-se e, então, ouvi a tua voz.
"-Precisamos de conversar."- disseste-me. A tua voz quente, calma e sensual fez com que ficasse ainda mais alterada, nervosa. Levantei-me e, começando a caminhar ao longo da praia, respondi-te num tom seco e amargo: "-Não temos nada para falar."
Não ficaste satisfeito e não me deixaste avançar mais. Agarraste-me no braço e, sem me magoar (seria a última coisa que querias), obrigaste-me a encarar-te de frente. Pediste-me para te olhar nos olhos, mas eu, decidida a apagar tudo o que sentia por ti, recusei. Sabia que, se o fizesse, não me iria aguentar. Seguraste-me no rosto e pediste-me para não negar os meus sentimentos. Tentei manter-me calma, mas a cada palavra que proferias, a vontade de te agarrar, de percorrer o teu corpo aumentava a passos largos. Irritada comigo mesma, libertei-me violentamente de ti e, voltando-me novamente para o mar, pedi-te para me esqueceres.
Deste-me um "não" redondo, continuando dizendo que podias fazer muitas coisas, conhecer muita gente, mas nunca irias ser capaz de me esquecer. Fechei os olhos e pedi, a mim mesma, forças para conseguir superar aquela situação. Avançaste para junto de mim e abraçaste-me por trás. Foi o princípio do fim. Do fim de toda aquela situação e de toda a negação que tinha imposto a mim própria. Sentir os nossos corpos juntos... Sentir o calor do teu corpo... Sentir os teus braços fortes a abraçarem-me firmemente deitou tudo por terra. O coração começou a acelerar, a mente deixou de conseguir raciocinar e eu... bom, eu rendi-me às evidências. Voltei-me para ti e olhei-te nos olhos. Preparei-me para te pedir desculpas, mas tu não deixaste. Fizeste sinal para eu não dizer nada, puseste o teu melhor sorriso e juntaste os teus lábios aos meus.
Fui-me deitar. Podia ser que adormecesse. De repente, senti um arrepio de frio, mas de pouca duração. Senti o teu braço envolver-me e chegar-me para junto de ti, de modo a nos aquecermos os dois. Estávamos tão juntos que pude sentir as batidas do teu coração a acelerarem. Não eras o único. Também as minhas começavam a aumentar de intensidade. Voltei-me, e vi que estavas acordado. Olhei-te nos olhos, sorri-te e dei-te o melhor beijo que alguma vez tinhamos dado. Quando abri os olhos, reparei que estava sozinha. Tinha adormecido e tudo não tinha passado de um sonho.
Dias passaram. Quando te voltei a ver, algo de estranho se passou. Os nossos olhares estavam diferentes e havia qualquer coisa que nos afectava aos dois. Dirigi-me a ti e perguntei-te o que se passava. Disseste-me que não sabias, mas que, de repente, te tinhas lembrado de um sonho que haveras tido à pouco tempo. Tinhas sonhado comigo. Ainda um pouco incrédula, contei-te que também tinha sonhado contigo, e na mesma noite. Olhámo-nos nos olhos e, então, percebemos. O que andavamos a evitar na realidade tinha acontecido nos nossos sonhos. Tínhamo-nos encontrado e aberto o coração um do outro, dando asas ao amor que ambos sentíamos.
Não quis acreditar e fugi. Precisava de estar sozinha, de pensar no que se estava a passar e perceber, realmente, o que sentia. Sentei-me numa rocha à beira-mar e fiquei a ver o pôr-do-sol, tentando encontrar a paz interior de que tanto precisava. Pressenti alguém aproximar-se e, então, ouvi a tua voz.
"-Precisamos de conversar."- disseste-me. A tua voz quente, calma e sensual fez com que ficasse ainda mais alterada, nervosa. Levantei-me e, começando a caminhar ao longo da praia, respondi-te num tom seco e amargo: "-Não temos nada para falar."
Não ficaste satisfeito e não me deixaste avançar mais. Agarraste-me no braço e, sem me magoar (seria a última coisa que querias), obrigaste-me a encarar-te de frente. Pediste-me para te olhar nos olhos, mas eu, decidida a apagar tudo o que sentia por ti, recusei. Sabia que, se o fizesse, não me iria aguentar. Seguraste-me no rosto e pediste-me para não negar os meus sentimentos. Tentei manter-me calma, mas a cada palavra que proferias, a vontade de te agarrar, de percorrer o teu corpo aumentava a passos largos. Irritada comigo mesma, libertei-me violentamente de ti e, voltando-me novamente para o mar, pedi-te para me esqueceres.
Deste-me um "não" redondo, continuando dizendo que podias fazer muitas coisas, conhecer muita gente, mas nunca irias ser capaz de me esquecer. Fechei os olhos e pedi, a mim mesma, forças para conseguir superar aquela situação. Avançaste para junto de mim e abraçaste-me por trás. Foi o princípio do fim. Do fim de toda aquela situação e de toda a negação que tinha imposto a mim própria. Sentir os nossos corpos juntos... Sentir o calor do teu corpo... Sentir os teus braços fortes a abraçarem-me firmemente deitou tudo por terra. O coração começou a acelerar, a mente deixou de conseguir raciocinar e eu... bom, eu rendi-me às evidências. Voltei-me para ti e olhei-te nos olhos. Preparei-me para te pedir desculpas, mas tu não deixaste. Fizeste sinal para eu não dizer nada, puseste o teu melhor sorriso e juntaste os teus lábios aos meus.
Etiquetas: amor, beijo, desejo, sentimento