Conversas à Beira-Mar
Sentados numa esplanada, dizes-me palavras doces ao ouvido…
“-Pára! Não comeces com as tuas coisas!” – digo-te, meio a rir…”- anda… vamos dar uma caminhada pelo areal… a ver se refrescas!”
Levantas-te e caminhas comigo pelo imenso areal. E estava maravilhoso… Sem ninguém à vista, tínhamos a praia toda por nossa conta.
Puxas-me e pões o braço por cima dos meus ombros… passo o meu por trás das tuas costas e caminhamos assim… abraçados…
Páras. Pergunto-te o que foi. Puxas-me para ti e dizes “-Tens alguma manta no carro? Não há por aqui ninguém… e… não sei se aguento até casa…”
A vontade era dizer-te que não… que não era o sítio indicado… mas… sorriu… dou-te um longo beijo e aceno com a cabeça que sim.
Em passo meio acelerado, vamos ao carro buscar uma manta que lá tinha.
Depois de escolheres o sítio perfeito e te certificares que não iriam haver olhares indiscretos, ajoelhas-te na manta e puxas-me, forçando-me a ajoelhar também.
Agarras-me e trocamos beijos ardentes. Surge-nos o medo de sermos apanhados mas… o desejo que sentimos fala mais alto.
Sentas-te… e eu sento-me no teu colo. Voltas a devorar-me os lábios… quase nem me deixas respirar…
Suavemente, tiras-me a camisola… e sorris, deliciado com a visão dos meus seios. Sabes que, dentro em pouco, irás prová-los…
Beijas-me o pescoço… e desces… e vais beijando…
Sinto a tua boca quente a percorrer cada milímetro… sinto-me a enlouquecer… e sinto-te aumentar de desejo…
Livres de empecilhos, sento-me em ti e deixo que entres em mim, num sobe e desce de desejo e paixão.
Abraço-te com força. “-Tás bem?”- perguntas-me baixinho ao ouvido. Aceno com a cabeça que sim… não tenho forças para mais… levas-me à loucura… fazes-me gemer…
Pouco depois, naquele cenário edílico, com o pôr-do-sol como pano de fundo e o som das ondas como banda sonora, atinjo o limite… tu também… mas parece que te falta algo.
Sorriu… e digo-te “-Anda… eu vou tratar de ti… mas em casa… em casa acabamos isto…”