Querido Pai Natal...
Querido Pai Natal...
Em todos estes anos, deve de ser a segunda ou terceira vez que te escrevo. Não é que não acredite em ti... bom... sinceramente? Nunca me convenceste lá muito bem nisso de deixar as prendas à meia-noite... nem mesmo com a história dos fusos horários.
Mas adiante...
Nunca fui de pedir nada e, de há uns anos para cá, já me dou por feliz por poder passar a noite (e o dia) de Natal com aqueles que mais amo no Mundo e que nunca me falharam... a minha família.
Mas este ano queria pedir-te uma coisa.
Não... não quero dinheiro nem bens materiais... nada disso... mas tenho noção que o que te peço é bem mais difícil de arranjar. E gostava de acreditar que mo conseguirias trazer...
Eu sei que é pedir muito, mas bem sabes que me tentei portar bem. Sei que estive longe de ser perfeita... e que falhei com muita gente... mas eu não sou de ferro! Também quebro! E há alturas em que sou eu que preciso de ajuda... de um abraço... de sentir que alguém está ali para me amparar e proteger.
Por isso... gostava que me trouxesses amor... um daqueles verdadeiros... quase ao estilo dos conto de fadas. Daqueles carregados de carinho, respeito e lealdade. Onde aceitamos tão bem os defeitos um do outro como aceitamos as qualidades.
Eu sei que é difícil... quase uma missão impossível... mas será que podes tentar?
Se não conseguires, não te preocupes... eu não fico chateada ou magoada contigo... afinal, o que te peço é quase um milagre de Natal... e ambos sabemos que os milagres não existem.
Em todo o caso... Bom Natal para ti, para a Mãe Natal, para os duendes, para as renas e todos aqueles que te ajudam a dar um pouco de alegria e de sonhos a quem mais precisa.