Raiva Vs. Desejo...

(Atenção! O próximo texto poderá ferir algumas susceptibillidades.)

“-Que estás aqui a fazer? Que queres?”
“-Quero-te a ti.”
“-Tarde demais! Já me tiveste... não fizeste por me merecer... agora esquece!”
“-Não! Eu sei que dizes isso so da boca para fora... que não é isso que sentes!”

Ele encosta-a à parede e encurrála-a com o seu corpo.
“-Que queres que diga? Que não me és indiferente? Que continuas a afectar-me? Que ainda me deixas louca de desejo?”
Ele dá-lhe um beijo intenso, mas ela afasta-o! Sente um misto de raiva e desejo a crescer dentro de si! Não quer admitir, mas sabe que ele tem razao... e é por isso que sente tanta raiva!
Sente o coraçao bater mais e mais depressa... e não consegue tirar os olhos dele! O sangue ferve-lhe...

Beija-o... com todo o fogo que tem dentro de si!
Ela resiste, mas ele tira-lhe a camisola e delicia-se no seu peito. Sente-a a ficar cada vez mais fora de si, o que apenas o deixa ainda mais louco.

Ela despe-o... quer sentir o corpo dele a tocar o seu.

Mas pára e fica a observar aquele tronco que sempre gostou de tocar... de lambuzar... e devora-o.

Loucos de desejo, ele deita-a no chão e cobre todo o seu corpo com beijos quentes e intensos.
“-Pára!”- implora-lhe ela...

“-Queres mesmo que pare?”
“-Sim... não... oh meu deus... já nem sei!”

O desejo entre eles aumenta a passos largos... os beijos são cada vez mais intensos... os seus corpos envolvem-se como nunca se envolveram antes...

“-Quero-te em mim...”

“-Diz... quero ouvir... diz...”
“-Quero-te em mim! Devora-me! Leva-me de uma vez à loucura!”

Ele sorri e investe nela... vai bem fundo... fazendo-a soltar um gemido.

A cada movimento, as suas respirações tornam-se mais e mais ofegantes... os corpos destilam desejo por cada poro... e as suas bocas devoram-se...
A respiração dela deixa-o louco... o toque do corpo dele, no dela, deixa-a doida...

O limite está proximo... já não conseguem aguentar mais...
E gemem... libertando toda a excitação e desejo acumulados...

Ele olha-a nos olhos e sorri... sabe que, apesar de o destino os ter separado, foi feliz por breves momentos... que foram so um, como os seus corpos há muito imploravam...