Na cozinha também se come...
(Atenção! O próximo texto pode ferir susceptibilidades.)
Quando cheguei a casa, tu já tinhas chegado. Ainda bem! Vinha estafada e sem vontade de fazer comer… Assim que sentiste a porta disseste-me:
“-Querida, cheguei mesmo agora. ‘Tou completamente rebentado. Não te importas de ser tu a fazer o jantar?”
Tentei pôr o meu melhor sorriso e respondi-te:
“-Claro, amor, vai descansar que já te vou fazer uma massagem.”
Depois veio a pergunta mais trivial de sempre “como foi o teu dia?”. Encostada à bancada da cozinha, soltei um involuntário “estafante”. Num ápice te levantaste do sofá e chegaste ao pé de mim.
“-Então deixa o jantar. Mandamos vir uma pizza ou algo do género.”
Disse-te que não valia a pena e que desenrascava qualquer coisa. Insististe e puseste em prática a melhor maneira que conhecias para me convencer.
Começaste por me fazer uma massagem bem suave… Pedi–te para parares, mas não me deste ouvidos. Desceste as mãos e começaste a levantar-me a camisola. Sorri e perguntei-te se já não estavas cansado. Sorriste também e respondeste que nunca estarias cansado para passar um bom momento com aquela que tanto amavas. Tiraste-me a camisola e começaste-me a beijar… o pescoço… os ombros… ao longo de toda a coluna (sabias que isso me deixava completamente doida, por isso o fazias) …
Praticamente de joelhos, viraste-me de frente para ti, num movimento brusco que me fez largar tudo o que teimava em continuar a fazer. Começaste a subir. Beijavas-me agora o ventre… bem junto ao umbigo… e subias…passaste pelos seios sem lhes dares sequer um toque… estranhei.
Olhaste para mim e sorriste. Continuaste a subir… voltaste ao pescoço… deste-me dentadinhas suaves nos lóbulos das orelhas e um beijo bem doce e suave nos lábios.
E aí, então, desceste… foste descendo até chegares ao meu peito… e lá te deliciaste por um bom bocado… todo ele te serviu de refeição.
E eu completamente doida.
Quis puxar-te para cima. Queria beijar-te, sentir a tua boca na minha… sentir a tua língua a brincar com a minha… não deixaste.
E eu enlouquecia cada vez mais!
Desapertaste-me as calças, que num segundo foram parar a meio da cozinha. Puseste as mãos na minha cintura e sentaste-me na bancada. Soltei um pequeno grito. Estava fria e eu demasiado quente!
Rimos os dois e começámo-nos a beijar. Era a minha vez de me deliciar com a tua boca… com o teu pescoço… com os teus braços… com o teu corpo.
Já fora de controlo, levaste-me às nuvens uma, duas, várias vezes. Gemi… gritei… agarrei-me ao teu tronco musculado…
Completamente extasiada, vinquei-te as unhas nas costas. Gritaste! Mais de prazer do que de dor!
Pegaste em mim e deitaste-me sobre a mesa…
“-Não!” – disse-te – “Aqui não!”
Perguntaste-me porquê e eu disse-te que era a mesa da cozinha!
Com um sorriso malicioso respondeste-me:
“-E então? Na cozinha também se come…”
A partir daí, foi uma troca intensa e incessante de fluidos que durou toda a noite…
Uma noite que jamais esqueceremos…