Conto ou realidade?
Conhecia-a há imenso tempo… Talvez há 4, 5 anos. Desde a primeira troca de olhares que se tinham tornado melhores amigos. Ela desabafava com ele todos os problemas e ele contava-lhe tudo o que lhe atormentava a alma. Só havia uma coisa que ele sempre lhe escondera. Algum tempo depois de se conhecerem, ele apercebera-se que o que sentia por ela não era apenas amizade. Tinha-se apaixonado por ela. Passava 24 horas por dia a pensar nela… Acordava a pensar nela… Adormecia a pensar nela… Sonhava todas as noites com ela. Mas nunca lho disse. Ouviu sempre os desabafos dela. Ofereceu-lhe o ombro sempre que ela chorou por causa de outros rapazes. E jurou a si mesmo nunca a fazer chorar fosse pelo que fosse.
Passaram-se tempos e ela começou a estranhar o facto de ele não lhe contar nada relacionado com paixões, com namoradas e começou a provocá-lo:
“- Então e tu? Não m digas que queres ficar para tio!? Até aposto que tens as miúdas todas atrás de ti!”. Mas ele não lhe respondeu. Virou a cara e começou a sorrir. Sorriu para disfarçar o sentimento de culpa que lhe pesava na alma por não lhe contar a verdade.
Um dia, porém, ela mandou-lhe uma mensagem. “Preciso muito de falar contigo. Tenho novidades. Vamos hoje beber café?”. Respondeu-lhe, marcando o sítio e a hora. Há hora marcada, lá estavam os dois na esplanada do café preferido de ambos.
“Tinhas de ser a primeira pessoa a saber.”- disse ela - “Lembraste do Kiko?”
Como poderia esquecê-lo? Ele tinha sido o responsável pela ausência dela há meses.
“Ele convidou-me para ir viver com ele.”
O seu mundo desabou! Estava a perdê-la… e de vez!
Tentando disfarçar o desgosto, perguntou:
“E vais aceitar? É um passo muito grande. É como se fosses casar.”
“Ainda não sei. Precisava de saber a tua opinião. Eu gosto dele, mas não a pontos de ir já viver com ele.”
As palavras dela deram-lhe novo alento. Era a altura certa. Tinha de lhe contar. Era agora ou nunca.
“Eu também tenho novidades para ti. Quer dizer… Não são bem novidades… Até já to devia de ter dito há muito tempo, mas achei que era parvoíce minha.”
“Mas que se passa? Desembucha! Estás a deixar-me preocupada.”
“Eu nunca te contei nada sobre namoradas porque elas não existiram. No meu pensamento só havia uma pessoa. No meu coração só havia um habitante. Tu. Mas nunca te disse nada porque tive medo que te afastasses. Tive medo que deixasses de ser como és, que deixasses de desabafar comigo…enfim… Tive medo de perder a minha melhor amiga. Amiga que, para mim, era algo mais…”
“Mas devias de ter dito. Também eu estive apaixonada por ti, mas também eu tive medo de te perder. E, por isso, preferi esquecer-te. Arranjei outros namorados e obriguei-me a ver-te como um simples amigo. Mas agora… Agora talvez seja tarde demais…”
Ela levantou-se, deu-lhe um terno beijo nos lábios e sussurrou-lhe:
“Não te prometo já nada, mas vou pensar no teu caso.”
E, sorrindo, foi-se embora.
No fim desse dia voltou a receber uma mensagem dela com a resposta, mas essa… Essa vai ficar no segredo dos deuses…
Passaram-se tempos e ela começou a estranhar o facto de ele não lhe contar nada relacionado com paixões, com namoradas e começou a provocá-lo:
“- Então e tu? Não m digas que queres ficar para tio!? Até aposto que tens as miúdas todas atrás de ti!”. Mas ele não lhe respondeu. Virou a cara e começou a sorrir. Sorriu para disfarçar o sentimento de culpa que lhe pesava na alma por não lhe contar a verdade.
Um dia, porém, ela mandou-lhe uma mensagem. “Preciso muito de falar contigo. Tenho novidades. Vamos hoje beber café?”. Respondeu-lhe, marcando o sítio e a hora. Há hora marcada, lá estavam os dois na esplanada do café preferido de ambos.
“Tinhas de ser a primeira pessoa a saber.”- disse ela - “Lembraste do Kiko?”
Como poderia esquecê-lo? Ele tinha sido o responsável pela ausência dela há meses.
“Ele convidou-me para ir viver com ele.”
O seu mundo desabou! Estava a perdê-la… e de vez!
Tentando disfarçar o desgosto, perguntou:
“E vais aceitar? É um passo muito grande. É como se fosses casar.”
“Ainda não sei. Precisava de saber a tua opinião. Eu gosto dele, mas não a pontos de ir já viver com ele.”
As palavras dela deram-lhe novo alento. Era a altura certa. Tinha de lhe contar. Era agora ou nunca.
“Eu também tenho novidades para ti. Quer dizer… Não são bem novidades… Até já to devia de ter dito há muito tempo, mas achei que era parvoíce minha.”
“Mas que se passa? Desembucha! Estás a deixar-me preocupada.”
“Eu nunca te contei nada sobre namoradas porque elas não existiram. No meu pensamento só havia uma pessoa. No meu coração só havia um habitante. Tu. Mas nunca te disse nada porque tive medo que te afastasses. Tive medo que deixasses de ser como és, que deixasses de desabafar comigo…enfim… Tive medo de perder a minha melhor amiga. Amiga que, para mim, era algo mais…”
“Mas devias de ter dito. Também eu estive apaixonada por ti, mas também eu tive medo de te perder. E, por isso, preferi esquecer-te. Arranjei outros namorados e obriguei-me a ver-te como um simples amigo. Mas agora… Agora talvez seja tarde demais…”
Ela levantou-se, deu-lhe um terno beijo nos lábios e sussurrou-lhe:
“Não te prometo já nada, mas vou pensar no teu caso.”
E, sorrindo, foi-se embora.
No fim desse dia voltou a receber uma mensagem dela com a resposta, mas essa… Essa vai ficar no segredo dos deuses…